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27/08/2018

Existe um gene para a sexualidade?

Muitos estudos buscam identificar se a orientação sexual de uma pessoa é determinada por seus genes.

Essa característica é extremamente complexa, pois um indivíduo pode sentir atração por pessoas do sexo oposto, enquanto outra pessoa pode sentir atração por pessoas do mesmo sexo por toda a sua vida. Para essas pessoas, é comum utilizarmos os termos "heterossexual" e "homossexual". O termo "bissexual" seria utilizado para pessoas que sentem atração por indivíduos do mesmo sexo e do sexo oposto.

Ainda assim, essas três categorias não parecem suficientes para abarcar toda a diversidade de orientações sexuais existente, pois elas não levam em consideração a forma pela qual cada pessoa se identifica. Nem todas as pessoas que, ao nascerem, foram reconhecidas como mulheres se identificam com o gênero feminino. Da mesma forma, nem todos os que foram reconhecidos como homens se identificam com o gênero masculino. Quando consideramos o gênero nessa classificação, a diversidade de combinações possíveis aumenta ainda mais.

De qualquer forma, as pesquisas existentes sobre a determinação genética da orientação sexual trazem informações interessantes, mesmo que seja utilizada apenas a classificação simplificada das pessoas em heterossexuais e homossexuais. Em um estudo realizado nos EUA com 756 pares de gêmeos do mesmo sexo, os pesquisadores identificaram que a concordância era de 32% entre os gêmeos monozigóticos e de 13% entre os dizigóticos.

Entre os gêmeos monozigóticos, ou seja, os que possuem o mesmo material genético, a cada 100 pares de irmãos entrevistados, quando um afirmava que era homossexual, o outro afirmava que também o era em 32 dos casos. Dentre os gêmeos dizigóticos, ou seja, os que não possuem o material genético idêntico, a cada 100 pares de irmãos entrevistados, quando um afirmava que era homossexual, o outro afirmava que também era em 13 dos casos. Essa diferença sugere que irmãos que compartilham o mesmo material genético apresentam uma probabilidade maior de se reconhecerem com a mesma orientação homossexual. Contudo, essa característica não é determinada exclusivamente pelo DNA, pois se assim fosse, todos os pares de gêmeos monozigóticos apresentaram concordância quanto à orientação sexual. O fato de que há discordância entre parte dos gêmeos monozigóticos indica que também há outros fatores que definem a orientação sexual.

Esse tipo de estudo não permite concluir que existe um único gene da orientação sexual, nem mesmo dois... mas sugere que existem elementos no material genético que, em conjunto com o ambiente, podem determinar a orientação sexual da pessoa. Por esse motivo, podemos dizer que sentir atração por pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto #estánoDNA.

Quer saber mais curiosidades sobre o DNA?
Acesse a página do Instituto de Biociências da USP e saiba mais:

Afinal, Está ou não no DNA?

Gostou do assunto? que tal assistir esse vídeo do Canal Nerdologia sobre o que determina nossa personalidade? Você vai adorar..aperta o play aí!!


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